Arte

“A Arte cria-se, inventa-se e mais tarde reinventa-se, bastando ao Homem a existência de um qualquer ofício habilmente obrado.” (Pedrini Ferraris, 2007)

A Ricciotto Canudo ficamos a dever o famoso Manifesto das Sete Artes de 1911, no qual cada uma das artes se caracterizaria pelos elementos básicos que formatam a sua linguagem.

Desta forma, Canudo apresentou-nos uma dimensão artística na qual as 7 artes seriam:
1ª Arte - Música (som);
2ª Arte - Pintura (cor);
3ª Arte - Escultura (volume);
4ª Arte - Arquitetura (espaço e tempo);
5ª Arte - Literatura (palavra);
6ª Arte - Coreografia (movimento);
7ª Arte - Cinema (integra os elementos das artes anteriores).

Posteriormente, outras formas expressivas também começaram a ser apreciadas como sendo Arte:
8ª Arte – Fotografia (imagem);
9ª Arte – Arte Sequencial (banda desenhada)
10ª Arte – Jogos de Computador (artes gráficas e programação)

Mas será que Ricioto Canudo pensou no Homem quando elaborou a sua visionária lista artística? Limitar a Arte a 7 ou a 10 pontinhos diferentes parece-me algo redutor num mundo onde a criatividade é a palavra do dia e no qual cada um de nós tem o poder de saborear, experienciar e manobrar o mundo de 1001 formas diferentes.

Em última análise, “nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem somente artistas.” Ernst Gombrich.