
Umberto Veronesi aponta o factor hormonal como indicador da evolução rumo à bissexualidade - «Desde o pós-guerra que a vitalidade dos espermatozóides diminuiu 50 por cento porque as mudanças das condições de vida estão a fazer com que a hipófise produza cada vez menos hormonas andróginas (masculinos)»
«O homem já não precisa de uma intensa agressividade física para sobreviver»
E as mulheres têm produzido cada vez menos hormonas femininas ao longo dos anos.
«É o preço que se paga pela evolução natural da espécie, que é positivo porque nasce da busca pela igualdade entre os sexos» afirmou Umberto.
Para o médico o sexo deixou de ser a única forma para procriar desde que as novas técnicas foram criadas, como a fecundação artificial e a clonagem.
Simonelli define este processo como resultado da evolução genética e da mudança de mentalidade, fenómenos que estão interligados e que se influenciam reciprocamente.
«Mas este fenómeno está no princípio. Para que tenha uma certa consistência é preciso esperar duas ou três gerações», afirmou Simonelli.
Por outro lado, o antropólogo Fiorenzo Facchini, da Universidade de Bolonha, discorda com a teoria da evolução natural para a bissexualidade.
«Do ponto de vista antropológico, a orientação sexual é definida a nível biológico pela espécie e isso não pode ser alterado».
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