quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Será a Bissexualidade o Futuro da nossa Espécie?




Umberto Veronesi, médico e ex-ministro da Saúde é o cientista italiano que afirma que a humanidade será bissexual.

A polémica foi lançada durante uma conferência no fim de semana passado na Toscânia, onde Umberto terá afirmado a futura bissexualidade humana «como resultado da evolução natural das espécies».

«O homem está a perder as suas características e tende a transformar-se numa figura sexualmente ambígua, enquanto a mulher está a tornar-se mais masculina. Desta forma a sociedade evolui para um modelo único», afirmou o médico.

Umberto Veronesi aponta o factor hormonal como indicador da evolução rumo à bissexualidade - «Desde o pós-guerra que a vitalidade dos espermatozóides diminuiu 50 por cento porque as mudanças das condições de vida estão a fazer com que a hipófise produza cada vez menos hormonas andróginas (masculinos)»

«O homem já não precisa de uma intensa agressividade física para sobreviver»

E as mulheres têm produzido cada vez menos hormonas femininas ao longo dos anos.

«É o preço que se paga pela evolução natural da espécie, que é positivo porque nasce da busca pela igualdade entre os sexos» afirmou Umberto.

Para o médico o sexo deixou de ser a única forma para procriar desde que as novas técnicas foram criadas, como a fecundação artificial e a clonagem.

Chiara Simonelli a professora de sexologia da Universidade La Sapienza de Roma Concorda com as previsões de Umberto.

Simonelli define este processo como resultado da evolução genética e da mudança de mentalidade, fenómenos que estão interligados e que se influenciam reciprocamente.

«Mas este fenómeno está no princípio. Para que tenha uma certa consistência é preciso esperar duas ou três gerações», afirmou Simonelli.

Por outro lado, o antropólogo Fiorenzo Facchini, da Universidade de Bolonha, discorda com a teoria da evolução natural para a bissexualidade.

«Do ponto de vista antropológico, a orientação sexual é definida a nível biológico pela espécie e isso não pode ser alterado».

Para Fiorenzo, a separação entre reprodução e sexualidade humana não é positiva.

«Separar a reprodução da sexualidade e do núcleo familiar não pode ser visto como uma vantagem para a espécie humana. A reprodução não é apenas o encontro de gametas, implica uma relação entre duas pessoas», declarou Facchini ao Corriere della Sera.

Este artigo pode ser consultado na íntegra aqui

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