Podemos ver estrelas que já desapareceram!

Foto feita pela Nasa, que mostra as mudanças de posição das estrelas no céu - ou melhor, as mudanças da Terra na ordem geral das coisas.

Já sabia que muito daquilo que vemos quando olhamos para o céu, nem sempre corresponde àquilo que ali está na altura em que para lá olhamos.

Ao encontro desta ideia, podem ler o artigo que se segue, retirado daqui.

Ao olharmos para o céu estrelado podemos estar a ver estrelas que já morreram há muito, que já desapareceram há muitos milhões de anos. E como é isso possível? O que se passa, é que essas estrelas estão muito afastadas de nós, mesmo muito afastadas. Como a luz viaja a uma velocidade que apesar de ter um valor muito elevado (300.000 km/s) é um valor finito, demora muito tempo a percorrer essa mesma distância, podendo demorar milhares de milhões de anos, de tal modo que quando chega a nós a estrela que emitiu essa luz, já pode ter outro tamanho, outra cor, ou até já ter morrido e desaparecido. Isto torna-se ainda mais fácil de compreender se pensarmos no seguinte: hoje em dia a informação que recebemos via e-mail ou telefone é imediata, ou seja sabemos “imediatamente” o que se está a passar, mas quando recebemos uma carta, as notícias nela contida, já têm um atraso de dois ou três dias, na antiguidade quando as notícias eram transportadas por pombos-correio ou por estafetas demoravam meses a chegar e por isso muitas das vezes já estavam completamente desactualizadas. Com a luz passa-se o mesmo, as distâncias são tais que a imagem que nos chega já está desactualizada. A própria imagem que temos do Sol já está desactualizada oito minutos. A luz da estrela que está mais próxima do Sol (próxima de Centauro), demora dois anos terrestres para chegar até nós e é apenas a nossa vizinha mais próxima, os objectos mais distantes emitem luz que demora dezoito mil milhões de anos a chegar até nós (mais coisa menos coisa - para mais pormenores ver “Uma ideia simples” - SAdeBolso nº1). Agora imagine comunicar com uma civilização que esteja num planeta tão afastado de nós que as suas mensagens demorem a chegar cá 300 anos (ainda assim a nossa vizinhança), quando recebêssemos a sua resposta (600 anos depois de termos enviado a primeira mensagem) a pessoa que a teria enviado estaria morta e o seu conteúdo muito desactualizado. Nesta conversa, qualquer engano, qualquer equívoco, demoraria 600 anos a ser corrigido.